"Temos um planejamento para terminarmos o campeonato em quinto, sexto lugar"

quinta-feira, 30 de julho de 2009

CONTINUAÇÃO DA ENTREVISTA COM MURILO NOGUEIRA DE ALMEIDA,
TÉCNICO DO S.M.E. RIBEIRÃO PRETO
POR FLÁVIO CRUZ


M.F.: Quando o time de futsal feminino S.M.E. Ribeirão Preto começou a participar do Campeonato Paulista? Há alguma competição que vocês participem e considerem tão ou mais importante que o Estadual?

M.N.: O time já disputava competições da federação, como o Troféu Piratininga, com outra treinadora. Quando eu cheguei, foi feito o convite para sermos filiados da federação e o secretário aceitou a idéia porque seria uma boa preparação para os Jogos Regionais. Estamos disputando o Paulista desde 2005. Além do Estadual e os Regionais, nós jogamos o Troféu Piratininga, os Jogos da Juventude. O mais importante de todos são os Jogos Regionais. A prefeitura monta o time, dá o apoio, banca o estadual, mas para irmos bem nos Jogos Regionais. No Paulista, entramos com o time sub-20 para nos prepararmos para os Regionais, que é a competição que dá mais retorno para a prefeitura.

M.F.: Acompanhando a competição, percebemos que muitos jogos são adiados. Qual o motivo para essas modificações?

M.N.: A competição é muito longa. Então temos algumas outras competições simultâneas no calendário e às vezes elas batem. Não tem como fazer dois jogos no mesmo dia. Por exemplo, no mês de Julho, estamos voltados exclusivamente para os Jogos Regionais, que começam na nossa região a partir do dia 15. Em outras regiões, os Jogos se iniciam antes, como a de Pinhal. Então nosso jogo contra eles, no dia 4, não pôde acontecer. Acabam batendo as datas.

M.F.: São muitos campeonatos simultâneos. Como ocorre a decisão sobre um adiamento e como a equipe lida com tanta variação?

M.N.: O adiamento sempre parte do representante da equipe. Em Ribeirão Preto, sou eu, como técnico. Quando preciso adiar algum jogo, eu ligo para o representante da outra equipe, que geralmente é o treinador também. Decidimos em comum acordo e então comunicamos para a federação, que vê outra data melhor. Quanto às variações, as jogadoras não ligam porque não estarão jogando o Paulista, mas vão para os Jogos Regionais, ou seja, não ficam sem jogar.

M.F.: Nosso blog considerou o jogo entre Ribeirão Preto e Sertãozinho como o clássico do interior. Há mesmo rivalidade regional entre os dois times?

M.N.: Tem bastante. Já teve um campeonato aqui da região em que deu os dois times na final e Sertãozinho foi campeão. Nos Jogos Regionais, sempre fazemos final. Um belisca daqui, o outro belisca de lá. A técnica de Sertãozinho já foi do time de Ribeirão. Algumas atletas deles já jogaram aqui, algumas daqui já jogaram lá. Então tem bastante rivalidade.

M.F.: Como foi sentida a derrota em plena Cava do Bosque? Teve um gosto mais amargo por ser para um time da região?

M.N.: Foi triste, porém não foi novidade. A equipe de Sertãozinho está muito bem postada. Elas investiram na categoria adulta para o Paulista, enquanto nós focamos o sub-20 para disputar os Regionais. É um gosto amargo, mas também nosso objetivo é os Jogos Regionais e não é essa a equipe que Sertãozinho usará nos Jogos. Não é um conforto, porque ninguém quer perder, mas é uma coisa com que devemos saber lidar.

M.F.: Quais as perspectivas para a continuação do campeonato? Os ribeirão-pretanos podem esperar uma recuperação do time e a classificação para a próxima fase entre os oito primeiros?

M.N.: Podem. Nós temos um planejamento para terminarmos o campeonato em quinto, sexto lugar. Focamos o primeiro semestre nos Jogos Regionais, que terminou no dia 25 de Julho. No dia 26, já voltamos a pensar no Paulista. Podem acontecer algumas contratações para o segundo semestre para reforçarmos o time para o Paulista, aí em nível de atletas adultas. Também pode haver perdas, porque os times grandes estão de olho em algumas meninas nossas. Mas o time estará reforçado e com a cabeça só no Paulista.

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