"Acredito que tudo vai começar com o futsal masculino"

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

ENTREVISTA COM ROBERTA BATISTA BEZERRA, TÉCNICA DO SÃO CAETANO/CORINTHIANS/UNIP

POR RAFAELA CARVALHO

Um início de carreira promissor, uma personalidade forte e muita vontade de vencer. Assim é Robertinha. Com apenas 25 anos, a treinadora da equipe do Corinthians - e da seleção paulista no Campeonato Brasileiro de Seleções - já foi jogadora, preparadora física e até comentarista da TV Futsal. O resultado de sua atuação como principal orientadora do grupo é uma equipe unida, disposta a trabalhar e com boas chances de chegar às finais do campeonato estadual.

O Mulheres do Futsal foi acompanhar uma partida do time de São Caetano nos Jogos Regionais de Santo André ao lado da comissão técnica e das jogadoras, desde a conversa de Robertinha com suas atletas no vestiário, antes da partida, até a animada volta da equipe para o alojamento, após uma suada vitória por 5x2.

Confira a entrevista exclusiva.

Mulheres do Futsal: Como é ser tão jovem e já ser técnica de uma grande equipe como o Corinthians?
Roberta Batista: É muito bom. São etapas do meu objetivo, que é ser treinadora da seleção. Acho que estou conseguindo alcançá-lo. Você começa trabalhando com futsal, depois sendo treinadora de uma equipe de menor porte, e mais tarde, de uma grande equipe.

M.F.: Como é trabalhar como técnica dessa equipe de futsal feminino, sabendo que o Corinthians é conhecido de principalmente por causa do futebol masculino?
R. B.: Pro futsal feminino, essa parceria é de extrema importância e bastante interessante, porque traz visibilidade para o futsal feminino, e isso falta muito para o nosso esporte. Por ser um time de massa, o nome “Corinthians” nos deu bastante destaque. Isso acaba atraindo mais atenção dos torcedores. Aqui em São Paulo, os dois times de grande torcida do futsal feminino são o Corinthians e o Palmeiras, e isso poderia até aumentar, por meio de outros times de camisa, como São Paulo e Santos. Mas eu acredito que tudo vá começar a crescer antes com o futsal masculino, e o feminino tem que ir caminhando logo atrás.

M.F.: Quando você começou a se envolver com o esporte? Sempre esteve ligada ao futsal?
R.B.: Não estive sempre ligada ao futsal. Na verdade, desde pequena, sempre gostei de todos os esportes, porque meus pais também gostavam. Quando era menor, eu sempre jogava bola com os meninos, mas, na escola, comecei pelo handebol. Joguei muito basquete também, até minha estatura não acompanhar a das outras meninas. Surgiu então, uma oportunidade de fazer um teste para futsal, quando eu tinha 14 anos, e cheguei a jogar pela equipe da SABESP por um ano. Em 2001 terminei o colégio e, logo depois, comecei faculdade de Educação Física. Assim que me formei, já comecei a trabalhar no futsal feminino.

M.F.: Como se tornou técnica?
R.B.: Desde os meus 18 anos de idade eu pensava: “Quero ser treinadora”. Em 2006, fui chamada para ser auxiliar do preparador físico no campeonato brasileiro de seleções. No ano seguinte, me tornei preparadora física da equipe da SABESP. No mesmo ano, fui chamada para ser a treinadora da seleção paulista sub-20, e a nossa equipe ficou com o vice-campeonato, perdendo só para o time de Santa Catarina.


A segunda parte da entrevista será publicada amanhã.

1 comentários:

Raphael Florencio disse...

Boa entrevista! E, principalmente, boas fotos! Evoluíram bastante com relação às outras entrevistas. Fico aguardando a segunda parte!